The Galaxy Between Us - Cap I

 

                UMA PERSEGUIÇÃO INTENSA acontecia nos céus de Coruscant naquele dia. Era possível identificar um x-wing e dois caças TIE atrás dele. Algo que deixava os moradores que habitavam os enormes prédios, que no momento serviam para marcar o circuito das naves, bastante chocados, o que era um pouco estranho, visto que aquilo era algo comum, considerando as politicas da primeira ordem: Uma nave suspeita era identificada, os caças faziam uma abordagem, a nave parava e resolvia-se o problema. Mas aquele dia foi diferente, como você já deve imaginar, a nave não parou, e pior, era uma nave claramente da resistência. 
    Havia começado uma troca de tiros entre as naves, o piloto rebelde se mostrou muito habilidoso, desviando de vários dos tiros recebidos e conseguindo danificar, até que consideravelmente, uma das duas naves inimigas. Foi então, quando ele comemorava seu grande feito, em um pequeno instante de perda de foco, que ele foi atingido, e muito bem atingido, pois no painel da nave, havia várias luzes piscando e sons acionados que não paravam de fazer um barulho ensurdecedor que só deixou o piloto mais nervoso. Precisava pensar em uma solução, e rápido. Notou que a sua frente haviam dois prédios que mantinham um vão estreito entre eles, ele tinha uma chance, sem saber ao certo como fazer isso, ele executou uma manobra rápida, dando um giro de 180 graus na nave, ao mesmo tempo que virava na direção do espaço apertado entre os prédios e passou. Não olhou para trás a principio, e quando olhou viu apenas uma explosão. Tinha conseguido.
    Havia ainda outro problema, sua nave iria explodir a qualquer momento. Precisava pousar e sair dela o mais rápido possível, o que era um grande problema, pois estava em uma metrópole, não havia uma área livre, pelo menos, não que ele soubesse. Foi nessa hora que lembrou do seu droid e também identificou que um dos barulhos vinham dele. Como se tivesse lido a sua mente, o droid estava indicando a localização de um parque não muito longe de onde estava. Como já era bem tarde da noite não haveria pessoas por lá. Agradeceu mentalmente por ter lembrado de trazer o B-28 consigo e seguiu em direção ao parque.

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                - Eu vou na cozinha pegar café, quer alguma coisa? – Perguntou o rapaz para a garota que se encontrava de baixo de um pequeno cargueiro. Os dois estavam desde de muito cedo trabalhando na  pequena oficina, localizada na garagem da casa do rapaz. A garota escorregou um pouco para fora do cargueiro, deixando a cabeça e os ombros para fora, e respondeu:

    – Café. Mas antes de subir me alcança a chave fixa. – O garoto fez o que lhe foi pedido e subiu as escadas, deixando a garota lutar contra um parafuso emperrado. Chegando no segundo andar da oficina, separou duas canecas, e casualmente começou a enche-las. Foi quando algo brilhou no céu, seguido de um barulho muito alto. Se dirigiu até a janela e viu uma nave despencando deixando um rastro de fogo atrás dela. Saiu correndo de volta ao andar de baixo para contar a garota o que havia visto, mas quando foi descer as escadas ela já se encontrava quase do segundo andar. 

    – Eu ouvi! Que nave era? – Ela disse.

    – Não sei, não consegui ver, estava pegando fogo. – respondeu, a garota subiu os degraus que faltavam e pegou a caneca que o rapaz alcançou para ela. Tomou um gole da bebida quente, ficou em silêncio por um tempo. - Acha que os bombeiros vão chegar a tempo? - Perguntou, um pouco preocupada.

    - A essa hora da noite? Duvido muito. - Ele respondeu. A garota tomou o resto do café, pensou um pouco, largou a caneca em cima de uma bancada e tornou a descer as escadas. O rapaz a encarou, já imaginado o que se passava na cabeça dela, foi atrás da garota.

    Chegando no andar da oficina, ela já se encontrava mexendo em várias caixas e gavetas. Como se sentisse a presença do rapaz, começou a falar com ele.

    - Temos que ser rápidos então. Vamos precisar das ferramentas e de extintores. – Ela disse enquanto pegava as coisas citadas, e as colocavas no cargueiro, agora já consertado.

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            - Você está legal? – Perguntou o piloto para o droid, que apenas fez alguns “bipes” indicando que estava bem. 
    O piloto colocou as mãos atrás da cabeça e suspirou, enquanto olhava para sua nave totalmente destruída pegando fogo, precisava da nave. Precisava de muitas coisas no momento. Tentou se acalmar e pensar no que fazer, precisava de um lugar para passa a noite, depois, precisaria de uma nave nova, e principalmente, precisava se comunicar com a resistência o mais rápido possível. Tentou conseguir alguma conexão pelo droid, mas ele também havia sofrido alguns danos. Precisava concertar o droid.
    Se sentiu fraco, então sentou-se no chão num local mais escondido, colocou a cabeça entre os joelhos e abraçou as pernas, era sua primeira missão. Era uma missão importante, confidencial. Ele era uma das duas opções de pilotos escolhidos para executá-la, ele havia insistido que poderia fazer isso. Escolheram ele ao invés de um piloto mais experiente. O próprio piloto mais velho havia confiado nele.
    Sua visão começou a ficar turva, ouviu seu droid avisando algo. Viu duas pessoas apagando o fogo de sua nave. Não soube como agir, ficou parado no mesmo lugar que estava, até eles acabarem. Sua visão escurecia cada vez mais. Viu que uma delas, olhava para todos os lados. Logicamente procurava o piloto. A última coisa que viu foi a outra figura, que instintivamente olhou para a direção onde ele se encontrava, sinalizar para o amigo. Ouviu quando eles gritaram perguntando se ele precisava de ajuda, se estava ferido. E depois apagou completamente.

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    Abriu os olhos devagar, não reconheceu o local onde estava. Olhou ao redor, um painel com ferramentas e uma bancada abaixo, um portão e alguma nave que não reconheceu, com peças faltando. Uma oficina, concluiu. Estava deitado em um sofá, sua cabeça doía. Ouviu passos atrás dele, tentou levantar, para ver melhor quem vinha. 

- Hey, se sente melhor, cara? - Um jovem rapaz descia uma escada. O piloto observou enquanto ele sentava em um dos braços do sofá. 

- Onde eu estou? - Ele perguntou um tanto nervoso. Sua mente estava confusa. Tentava organizar as memórias que tinha de modo que fizessem sentido. 

- Bom, você está em Coruscant, na minha oficina. - O rapaz disse sorrindo. - Bom, minha e da Hannah, mas é mais minha do que dela já que fica na parte de baixo da minha casa.- O piloto encarou o rapaz sem demonstrar nenhuma reação. - Me chamo Peter, a propósito. - Disse estendendo a mão para o piloto. Ethan endireitou-se, sentando. 

- Ethan. - Disse apertando a mão do rapaz. Algo estava faltando, olhou ao redor como se procurasse algo. - Onde está meu droid? - Perguntou. Peter fez um sinal com  mão para ele esperar um pouco. Subiu novamente. Voltou pouco tempo depois segurando o droid e colocando-o no chão depois de descer as escadas. Ethan sorriu ao ver seu amigo, que assobiava e fazia bipes em resposta. 

- Esse seu amiguinho é bem temperamental. - Peter observando o piloto "brincar" com o droid. - Não me deixou nem tentar arrumar a antena dele. - Ethan riu imaginando a cena. Pensou um pouco na frase de Peter. Tornou a ficar sério.

- Há quanto tempo eu estou desacordado? - Peter pensou.

- Não deve fazer muito tempo. Você havia acabado de cair quando chegamos. Te trouxemos pra cá e Hannah saiu logo em seguida - Disse repassando os acontecimentos para fazer uma média - Ela foi no apartamento dela buscar medicamentos, já que provavelmente não tenha nada aberto agora. Já deve estar voltando. - Ficaram em silêncio, por algum tempo. Ethan foi lembrando dos acontecimentos gradativamente.
    Ouviu uma porta abrindo no andar de cima seguidos de passos rápidos até a escada. Hannah desceu apressada.

- Acredita que a estrada pra cá estava interditada? - Disse largando uma caixa branca em cima da bancada, de costas para os dois rapazes. - E aí, como está o nosso paciente? - Brincou. Virou-se para Peter e deu de cara com o piloto acordado. Mantiveram contato visual por alguns poucos segundos que na cabeça deles duraram horas. Hannah foi a primeira a tomar uma iniciativa para acabar com aquilo.

- Que bom que acordou! - Disse um pouco sem graça. - Sou Hannah, prazer em conhece-lo - Estendeu a mão tentando soar o mais formal possível. 

- Sim. - Ethan respondeu, ainda meio vidrado nela. Hannah semicerrou os olhos, Ethan percebeu o que tinha dito. - Digo, Peter já havia me dito seu nome... Sou Ethan. - Disse a cumprimentando.   

- Então, quais são os objetivos da resistência o enviando pra cá? – Foi a tentativa de Hannah de amenizar o que seja que tivesse ocorrido ali. Ethan estranhou a pergunta dela, não havia mencionado a resistência em nenhum momento. Ele arqueou as sobrancelhas, em sinal de espanto. 

- Uhm, seu broche... é o símbolo da resistência não é? – Ela respondeu. Ethan olhou para sua jaqueta, era um detalhe tão pequeno. Certo, talvez ela pudesse ler a sua mente. Ou talvez apenas fosse uma boa observadora. Hannah percebeu o desconforto que havia provocado no rapaz e tratou de dar um jeito de sair logo dali. 

- Bom, Ethan, temos que cuidar desse seu corte aí. - Disse passando o indicador em sua própria testa, como se o corte estivesse nela. - Peter, você pode ajudar ele?  Enquanto isso eu vou chamar alguém pra retirar a nave do meio do parque. – Ethan começou a sentir um ardência na testa, quando tomou consciência do seu machucado , agora ele doía um pouco mais que antes. Tinha também uma dor de cabeça insistente. Tentou massagear as têmporas, enquanto Peter ia em direção a caixa que Hannah deixou na bancada. 

- Então, você é da resistência. Legal, eu tinha um tio que foi piloto, isso ainda nas guerras contra o império, ele contava um historia sobre ter  visto a jedi que matou o líder supremo Snoke. Já imaginou? – enquanto dizia isso ele abria a caixa e tirava os objetos de dentro dela – Espera, você já conheceu ela? – O piloto pensou em responder mais foi cortado, - Ah é claro que não, ela desapareceu a anos, mas você deve conhecer os outros que estava com ela. Poe e Finn, são esses os nomes, não são? – Ethan assentiu positivamente, enquanto Peter preparava um algodão com algum antisséptico, aquele garoto falava de mais, pensou 

– Sério? Conheceu eles? Cara, que máximo! – E olhando para o algodão continuou – Olha, isso arde um pouco, mas em compensação vai matar qualquer coisa que possa criar uma infecção ou algum fungo bizarro aí dentro. – E riu com sua própria piada. Peter seguia falando algo, que ele não ouviu, pois prestava atenção em Hannah que vinha na direção deles.

- Tudo certo rapazes, eles vão pegar a nave pela manhã. - Peter voltou para a caixa para pegar um curativo, que havia esquecido. Ethan pensou na nave, ou no que um dia foi uma nave. Tinha um pouco de esperança dela ainda estar inteira, o suficiente para continuar sua missão, pelo menos. Mas agora, era claro que deveria conseguir outra nave, "mas onde?", pensou.

- Tem algum lugar nessa cidade onde eu possa comprar ou alugar uma nave? - Ethan perguntou, sem saber direito o porque, já que era improvável que com o dinheiro que tinha conseguisse alguma nave. 

- Tem vários. - Peter respondeu animado. - Mas, cara... não se preocupe com isso, você é da resistência! Eu ficaria muito feliz em te levar para, seja lá o lugar onde você precisa chegar. - Pensou um pouco no seu próprio comentário - Não deve ser... algo tão perigoso assim. – Disse com uma certa cautela, escolhendo as palavras que julgava mais adequadas. Ethan o encarou e sorriu com pena do garoto. Pensou, ele não deveria contar seu destino a ninguém, mas na situação que se encontrava agora, não via outra escolha. 

- Primeira Ordem. – Disse, Peter se assustou. – Estou indo até a base da Primeira Ordem, não posso dizer nada além disso. – Peter ficou quieto, não era exatamente a resposta que ele esperava.

- Uau, primeira ordem, é? Aí fica um pouco complicado, eu não sei se... - Encarou Hannah como se pedisse ajuda. Ela balançou a cabeça, Peter era muito impulsivo. Ela estava num canto da oficina. Pensou um pouco.

- Eu levo o piloto até lá! - Disse calmamente. A expressão de Peter foi de preocupação para tranquilidade.  - Só preciso saber onde fica, vou pegar a minha nave e partimos amanhã de manhã. O que acha? – Continuou Hannah se dirigindo a Ethan. O piloto pensou um pouco, não tinha outra saída, já era madrugada em Coruscant, ele se sentia exausto, e quanto mais rápido continuasse sua jornada, melhor.

- Tudo bem, mas acho melhor consertarmos o droid primeiro, para eu conseguir avisar a resistência. – Disse.

- Certo, consertamos ele no caminho, agora, precisamos achar um lugar para você passar a noite. – Disse Hannah trocando de assunto e olhando para Peter, ela sabia que Peter nutria uma grande admiração pela resistência e seus membros. Ele a encarou de volta, e logo entendeu.

- Você pode ficar aqui, esse sofá não é tão ruim, Hannah dorme aqui algumas vezes. – Disse com um sorriso. – Vai ser um prazer ajudar a resistência de alguma forma. – Ethan estava cansado de desconfiar de tudo, de pensar tanto. Peter parecia ser apenas um rapaz entusiasmado com a resistência, assim como ele mesmo fora antes de se tornar piloto. Decidiu aceitar. Talvez ele estivesse se metendo em uma grande enrascada. Mas estava cansado demais para pensar nisso também.

- Certo, obrigado. – Disse sorrindo também. Hannah estava observando a cena, sua mente estava um turbilhão de pensamentos. Esperava que essa viajem não lhe tomasse muito tempo, tinha outros objetivos que eram prioridade no momento. Sua mente voltou ao mundo real, Peter conversava com Ethan.

- Ok então, se está tudo resolvido, eu vou para o meu apartamento. – Disse – Ah e Peter, vê se não conversa muito com o Ethan, ele deve estar cansado. – Disse sorrindo, Peter riu também.

Hannah abraçou Peter, acenou para Ethan, e saiu. Montou na sua speeder bike e partiu em direção ao centro de Coruscant, onde ficava o seu apartamento.

------- Base da primeira ordem ------

Um sujeito mascarado apareceu no computador central. Rapidamente Hux foi chamado. Foi em direção ao holograma.
- General. - Cumprimentou. - Tenho uma mensagem para Kylo Ren. Ele já deve saber sobre o piloto que caiu em Coruscant. Diga que eu já estou tomando providências para com este assunto. Ele está indo até Mustafar, provavelmente é um espião. Vou acompanhar o trajeto dele de perto. - Hux assentiu.
- Vou falar com o líder supremo agora mesmo. - Respondeu. O sujeito desligou. 

---------------------- Fim do capitulo 1 -------------------------------------------------------------------

Muitíssimo obrigada você que leu até o fim, eu espero que eu tenha te deixado com vontade de acompanhar o resto dessa história que levou muito tempo pra ser colocada no "papel". 

Alguns avisos:

    - Eu escolhi alguns atores para ficar mais fácil de eu visualizar os personagens. A personalidade deles é baseada em alguns filmes que eu assisti dos  atores Dev Patel ("Lion", principalmente) e Justice Smith ("Por lugares incríveis", fiquem tranquilos, ele não tem tendências suicidas aqui.), que "interpretarão" Ethan e Peter, respectivamente
    Nos "moodboards", que você encontra clicando nos nomes deles, além de fotos do ator, tem roupas e itens que eles estão usando no capítulo. Assim eu não preciso ficar descrevendo eles toda a vez que entrarem em cena. O planeta natal deles também está lá, mas não tem muito objetivo nisso, é mais por que fica bonito mesmo. 😁

    P.S - Ainda não consegui escolher uma Atriz pra Hannah, mas assim que eu encontrar eu atualizo essa postagem. 

    - Pra quem acompanhou esses últimos filmes ( Episódios VII, VIII, IX), os episódios VII, VIII aconteceram, mas eu "mudei" algumas coisas no IX, principalmente o final. (Percebe-se só pelo fato do Kylo estar vivo.)

    - Desculpe pelos diálogos meio estranhos, eu não sei muito bem como escrever eles de uma forma mais natural. E se algo não ficou muito bem explicado provavelmente vai ser futuramente.

    Se for possível, deixe suas sugestões e críticas nos comentários, por que isso me ajuda muito mesmo. 

    É isso, que a força esteja com vocês, até mais, e obrigada pelos peixes!